receitas que aprendi a fazer e a gostar na cozinha de minha mãe - uma homenagem a ti minha mãe!
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28
Jul
08

Além de serem as queijadas mais tradicionais da Ilha Terceira, são dos doces que não faltava na nossa mesa quer no Natal ou Carnaval.

 

Ingredientes:

300 gr de farinha de milho amarela

500 de acúcar

8 ovos

metade de uma colher de chá de fermento Royol

metade de uma colher de sopa de canela

2 colheres de sopa de mel de cana

1 chávena de manteiga.

passas (raramente uso)

acúcar em pó para polvilhar

 

 

Preparação:

Numa tigela bata 4 ovos inteiros e quatro gemas, junte o acúcar e bata bem. junte o mel de cana e a canela. á farinha junte o fermento e misture. derreta a manteiga. agora vá alternando entre a farinha e amanteiga mexendo bem em cada adição. depois de tudo bem misturado, unte forminhas de queijadas com manteiga e polvilhe com farinha. coloque a massa dentro das formas. não encha as formas ate acima, deixe espaço pois a massa  vai crescer, se gostar coloque duas ou três passas dentro de cada forminha. estarão cozidas quando, espetando um palito, este saia seco mas não sem massa, pois estas queijadas ficam humidas. retire do forno e ainda dentro das fornas polvilhe com o acucar em pó. deixe-as arrefecer um pouco e só depois desenforme, se o fizer com elas quentes provavelmente não ficará nenhuma inteira. coloque em forminhas de papel frisado e sirva.

aguentam bastante tempo dentro de um recipiente bem fechado, se preferir, congele-as e coma quando bem lhe apetece. é assim que faço ás vezes.

 

e éis uma fotozinha que, mais uma vez não fui eu a autora do docinho mas que representa com fidelidade as Donas Amélias da Ilha Terceira.

 

 

e uma para verem por dentro

 

 

publicado por mena às 19:52

como prometido é devido aqui está a receita, em breve colocarei um passo a passo e com os temps de cozedura certos para forno a gás.

 

 

Ingredientes:
         1 Kg de farinha de milho
         1 Colher de sopa de fermento de padeiro
         250 gr de farinha de trigo
         Uma pitada de sal
         Água
 
Preparação:
         No dia antes de fazer o pão deverá colocar numa tigela uma quantidade pequena de farinha de milho e de farinha de trigo, esta em menor quantidade que a outra. Junte-lhe o fermento de padeiro e amasse com água quente. Quando estiver amassada faça uma bola com a massa e polvilhe sal grosso por cima. Coloque no frigorífico. Este será o fermento do seu pão de milho.
Agora a massa propriamente dita: em primeiro lugar devemos peneirar a farinha para retirar o carolo, no caso de ela ainda não vir peneirada. Em seguida coloque a farinha numa tigela e coloque-lhe água a ferver por cima. A intenção é escaldar a massa, mexa com uma colher de pau. A massa deverá ficar aos grumos, não se preocupe, irá amassá-la melhor quando ela arrefecer.
         Após o arrefecimento da massa, aperte esses grumos, que se formaram, com as mãos, chama-se a isso apesoar a massa. Depois disso junte a farinha de trigo, então a massa vai precisar que lhe junte mais água para poder amassá-la pois estará muito dura, mas tenha cuidado para a massa não ficar muito mole. Vá amassando até ver que a massa está com uma consistência homogénea. Aí será altura de colocar o fermento que preparou no dia anterior. Amasse bem. Depois de ter misturado bem o fermento em toda a massa, forme uma bola e alise-a com uma pouco de água. Abafe a massa e espere que levede. A massa estará lêveda quando aparecerem ao de cimo da massa umas gretinhas, por isso a preocupação de alisá-la quando acabou de a amassar.
         Agora é altura de a colocar no forno que já deverá estar bem quente. Na pá espalhe farinha de milho, coloque uma porção de massa na pá e forme um montinho, alise-a com uma misture de leite e farinha de trigo, a que damos o nome de polme. Coloque a massa no forno. Observe a massa, dentro em breve, ela irá apresentar umas manchas negras à superfície, está a começar a corar mas levará ainda algum tempo para estar cozida. Por isso terá que cobrir a massa. Minha mãe usava folhas de inhame que são redondas tal como o pão de milho e encaixam bem. Em forno de lenha este pão, em quantidades grandes, dois punhados de massa com as duas mãos em concha, levará duas horas a cozer. Obviamente que em forno de gás teremos que fazer pães mais pequenos e o tempo de cozedura será diferente. Contudo terá de saber que o aspecto do pão de milho cozido será com uma crosta bastante dura e arrogada na superfície.
 
 
Notas:
1.       Quando acabava de amassar a massa e a alisava, minha mãe tinha o costume de fazer uma cruz com as mãos de lado e dizer a seguinte reza: “Que nosso senhor te acrescente como o trigo da semente”, dizia ela que sem isso a massa não levedava.
2.     Este pão acompanhava quase todas as sopas, era chamado o pão dos pobres.
 
 
e uma foto do pão, este não fui eu que fiz, este é comprado mas é dos que se pode comer, pois é o mais parecido com pão de milho que se pode comprar.
 
 
e por dentro:
 

 

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publicado por mena às 19:42
27
Jul
08

ingredientes:

 

meio kilo de acucar

3 colheres de sopa de amido de milho ( eu uso maizena)

3/4 de litro fde leite

2 ovos

3 colheres de sopa de côco ralado (nste não usei)

 

preparação:

 

num tacho leve o açúcar a derreter em ponto de caramelo, cuidado para não queimar o caramelo. num prato de vidro, coloquei metade do caramelo, á outra metade juntei o leite e deixei levantar fervura. numa tigelinha dissolvi a maizena com as gemas e o coco em um pouco de leite. quando o leite levantou fervura, juntei este preparado e mexi até fazer uma papa homogénea. depois de pronta coloquei sobre o caramelo no prato. por fim , bati as claras em castelo com duas colheres de sopa de acucar. deitei sobre o preparado no prato e levei ao forno a corar o merengue. decorei com drageias coloridas.

 

era dos únicos pudins que a minha mãe fazia.

 

e cá esta ele:

 

 

e por dentro

 

 

 

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publicado por mena às 18:48
26
Jul
08

 

 

sinto-me:
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publicado por mena às 21:01
22
Jul
08

era uma forma de se aproveitar o pão de milho que já estava duro. fritava-se. oportunamente postarei a receita de pão de milho da minha mãe. por agora resta saber que era assim que se comia pão de milho frito em banha de porco, com linguiça frita e ovo estrelado, faltando mesmo só o feijãozinho frito... fica para a próxima!

 

a mim cresce-me água na boca so de olhar!

 

publicado por mena às 01:12
05
Jul
08

 

 

Ingredientes:
         Massa de pão já levedada
         Açúcar
         Gordura de porco
 
 
 
Preparação:
         Pegue num pouco de massa de pão já levedada e coloque-a numa tigela. Deite açúcar e gordura e torne a amassar. Não se preocupe se amassa não absorver completamente os ingredientes, a intenção é mesmo essa. Coloque a massa num tabuleiro enfarinhado e forme uma espécie de bolo com essa massa. Leve a cozer.
 
Nota:
         Era uma das sobremesas que minha mãe costumava fazer quando “restava” massa de pão.

 

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publicado por mena às 16:15

 

 
Ingredientes:
         Um pão caseiro duro ou massa sovada dura
         Meio kg de açúcar (ou menos no caso da massa sovada)
         1 Litro de leite
         4 Ovos
         Manteiga
 
 
Preparação:
         Unte uma forma de bolo com manteiga. Corte o pão ás fatias não muito grossas. Unte-as com manteiga e dispõe-as na forma, até encher a forma cerca de ¾ da altura. Leve o leite ao lume até ficar quente. Á parte, numa tigela bata os ovos com o açúcar, bem batidos. Junte-lhe o leite quente e verta por cima do pão na forma. Leve ao forno médio a cozer até que pareça seco mas não totalmente sem molho. Retire do forno e deixe arrefecer um pouco, só depois desenforme.

 

publicado por mena às 16:12

 

 

Ingredientes:
         1 brindeira de pão de milho duro
         2 Ovos
         Canela em pó
         250 gr de açúcar
         Leite de necessário
         2 Colheres de sopa de gordura de porco
 
 
 
Preparação:
         Retirar a côdea do pão e esfarelar o miolo para dentro de uma tigela. Juntar os ovos, o açúcar e a canela. Amassar, e se for necessário juntar leite. Num tacho, derreter a gordura e juntar o preparado do pão. Ir mexendo para não pegar. Os miolos deverão ficar numa bola seca que se despega do tacho.
 
 
Nota: era uma das sobremesas que minha mãe fazia quando o pão de milho se estava já a estragar.
 
 
publicado por mena às 16:05

 

 

Ingredientes:
2,5 kg de carne de alcatra
3 cebolas grandes
250 gr de toucinho de fumo
6 bagas de pau de cravo
2 folhas de louro
100 gr de manteiga
100 gr de gordura de porco
vinho branco ou de cheiro
sal q.b.
1 cubo de caldo de carne (facultativo)
 
Preparação:
         Primeiro pica-se a cebola e o toucinho de fumo aos quadradinhos miudinhos e coloca-se metade de cada no fundo do alguidar, algumas bagas de pimenta e uma folha de louro. Por cima coloca-se a carne. Por cima da carne coloca-se o resto da cebola e do toucinho, a manteiga, a banha, as restantes bagas de pimenta e a folha de louro. À parte numa tigela coloca-se o sal, o vinho e água. Coloca-se por cima da carne. Tem de ter líquido suficiente para se ver ao de cimo da carne, mas não a cobri-la para não derramar durante a cozedura. O caldo de carne caso opte por colocar pode colocar por cima da carne no final. Agora é cobrir com papel de alumínio e levar a cozer.
 

 

 

 

 

 

Nota:
Antigamente, e como a minha mãe fazia, a alcatra era cozida no forno de lenha, que lhe confere um sabor único, hoje faço de outra maneira, que é bastante rápida e fácil. Em vez de colocar num alguidar faço a mesma preparação na panela de pressão e levo a cozer durante meia hora. Ao fim dessa meia hora coloco então no alguidar e levo ao forno até a superfície ficar tostadinha.
 
 
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publicado por mena às 15:58

 

Falar da mãe não é difícil, para quem a conheceu, para quem não teve essa sorte aqui fica um pouquinho dela.
 
 
 
Maria da Conceição Nunes dos Santos, nascida a 10 de Dezembro de 1945. A terceira de quatro filhos. Filha da Avó Maria Sabina e do avô José dos Santos, como ficaram conhecidos.
    Contava ela, que começou a trabalhar novinha, com 9 anos já cozia pão, e imagino o que mais faria ela com esta idade, cozinhava, bordava… sempre foi muito despachada, e, segundo sei, não tinha tamanho de gente, para pôr o pão no forno era de cima de uma razoura.
    Namorou-se novinha também, mas não teve sorte de gozar esse namoro. Na altura, trava-se a guerra colonial e meu pai Luís Brasil , que era o seu namorado, teve que ir para a Guiné combater. Diz ela que namoraram poucos dias, e ele embarcou! Esteve lá dois anos e meio, e só se falavam por carta, de vez em quando. Passado esse tempo, o meu pai pediu-lhe a mão em casamento, quando ele chegou fizeram o pedido e em breve casavam.
    Casaram para casa de minha avó, mãe de meu pai. Chamava – se Maria Luísa e já era viúva desde quando o meu pai ainda estava na guerra, meu avô João esteve muitos anos doente e de cama. Para ela não ficar sozinha, ela ficou a viver com eles. Em breve a minha mãe teria filhos. Mas ainda antes de Luís nascer, que é o mais velho, ela teve outras duas gravidezes que não correram bem. Se não hoje teria mais dois irmãos. Depois nasceu a Luísa, a Susana, o Roberto e eu. A vida de meus pais não foi fácil. Muitos filhos para cuidar, meu pai trabalhava na lavoura e era daí que vinha o nosso sustento, embora minha mãe, esperta da maneira que era, arranjava sempre maneira de o ajudar: vendia pão que cozia, bananas, ovos, bordava, fazia colchas e muitas outras coisas de costura. Como tínhamos muita coisa de casa, as hortaliças, a carne de vaca e de porco, os ovos e a carne de galinha, coziam o pão em casa, poupava-se muito nessas coisas que hoje a gente tem de comprar.
    Os meus pais herdaram terras dos seus pais, tal como eles nos deixaram e como nós um dia vamos deixar aos nossos filhos. Mas eles também compraram mais terras, para poderem ter uma lavoura maior e fazer mais dinheiro. Trabalharam muito para as pagar. Lembro da minha mãe contar que quando compraram as terras da eira ficaram sem um escudo em casa. Eram tempos difíceis, mas minha mãe dizia sempre: “ melhor tempo é sempre aquele que passa”.
    Meu pai morreu muito novo, tinha apenas 53 anos, deixava dois filhos casados, uma nas vésperas do casamento e duas crianças: o roberto com 15 anos e eu com 10. Foi um choque para toda a gente. Ele acordou bem e de repente sentiu-se mal do coração e não durou nem sequer um dia. Minha mãe ficou sozinha e acredito que foi buscar forças aonde nunca imaginou que as tivesse para superar o peso do mundo em cima dos seus ombros!
    Nesta altura já minha avó materna vivia em nossa casa. A avó Luísa já tinha morrido. A avó sabina, como era conhecida, viveu na nossa casa alguns anos, depois que o marido morreu. Esta é a minha avó de quem me lembro melhor. Era muito nossa amiga, ajudava a minha mãe no que podia, embora não pudesse muito porque a queda que deu e que a fez partir os dois braços deixou-a muito frágil nos seus movimentos, sem ter em conta que ela era uma pessoa para cento e tal quilos. Para que a desgraça da morte de meu pai não viesse só, passado um ano da sua morte morre minha avó! Foi outro duro golpe para minha mãe, ela tinha sido após a morte de meu pai, o suporte, o conforto que um filho procura sempre nos braços de uma mãe. Minha mãe dizia isto muitas vezes: “Quando meu pai morreu eu tive muita pena mas vim para minha casa, com o meu marido e os meus filhos, tinha a minha casa cheia. Agora, a morte de minha mãe foi pior porque fiquei com ela vazia!”
    Não havia muito que se pudesse fazer… Deus, dizem, escreve direito por linhas tortas… linhas essas que nos custam muito a ler!
    Uma coisa tenho que dizer, minha mãe não ficou sozinha, meus tios ajudaram sempre, estiveram sempre que ela precisou e os chamou. Nunca nos abandonaram, especialmente e minha tia Maria, meu tio António e meu tio João, e também minha tia Bernardete até ao dia em que foi chamada a fazer companhia a meus avós e meu pai.
    Cuidar de uma casa, filhos, trabalhar, muito, não é fácil… sabemos bem disso e temos os nossos maridos a apoiar-nos… e quem já não tem? É ainda mais difícil. Éramos adolescentes, meu irmão mais rebelde, mais problemático, mas eu tenho noção que também fui uma preocupação para minha mãe. Eu fazia por não ser, sou sincera! Não era exigente com o que vestia, nem sequer para sair, como já era hábito as raparigas da minha idade fazerem, era boa aluna. Eu tinha consciência de que minha mãe precisava de ajuda e não de mais trabalho. Fazia o que podia mas sou humana. E sei que desde o dia em que me namorei passei a ser mais uma preocupação para ela. Ás vezes sinto por isso, mas está provado que era o meu destino, e que não havia outra forma de se fazer as coisas.
    Durante todos estes anos, minha mãe trabalhou muito para criar e educar os seus filhos, e com certeza que faltou-lhe muita coisa mas uma delas não faltou de certeza: a saúde. Até um dia. Aquilo com que Deus sempre a abençoara estava agora a faltar-lhe de dia para dia. E esse foi outro choque. O Cancro. A descoberta da doença, a operação, as sessões de quimioterapia, o sucessivo emagrecimento, a falta de apetite, as dores foram enfraquecendo-a a cada dia. E a notícia de que era um cancro sem solução foi para nós uma pancada muito forte!
    Não resistiu a este maldito cancro que tão depressa apareceu, como depressa a levou do pé de nós. No dia 6 de Março de 2003. Ficou a dor que com o tempo foi transformando-se em saudade que persiste.
    Mas a recordação que sempre ficará na nossa memória é a da mulher forte, alegre, trabalhadora, amiga do seu amigo que minha mãe sempre foi. Mãe dedicada, avó sempre presente, esposa e mulher perfeita, filha de que qualquer mãe se pode orgulhar.
 Fica no ouvido a gaitada que nos lembra o seu bom humor apesar das injúrias da vida. Fica na memória o seu sorriso com que sempre nos acolheu, mesmo nos dias de maior dor. Fica no coração o amor que sempre nos deu acima de tudo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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publicado por mena às 15:38
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